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O Que Ama, O Que É Amado e O Amar

Usando a linguagem que nos é dada, e uma língua que também nos é dada, só podemos expressar o primeiro princípio sob o âmbito desta língua e desta linguagem.

E o primeiro princípio não pode ser outro senão o simples fato de que Deus é amor. E a única e verdadeiramente boa maneira de entendermos o que podemos entender a respeito de Deus que é Amor é à luz do Novo Testamento e principalmente dos quatro Evangelhos.

É a partir deles que podemos ter a compreensão da relação e do relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo. Lembrando que o Filho só pode realizar seus “sinais” por meio do Espírito Santo de Deus; ou de Deus Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade.

E é este mesmo Espírito Santo que o Filho deixa ou envia (!) aos homens, como “ajudador”, quando de sua partida e ascensão. É preciso dizê-lo porque de fato há um mistério ou um aparente paradoxo no fato de que o Filho só realiza seus “sinais” por causa do poder do Espírito Santo, do qual ele é imbuído pelo Pai, visto que o homem Jesus Cristo, que ainda assim é Deus, para que nasça menino Jesus, é esvaziado de todo seu poder e glória celestiais. E é por isso que Jesus, em sua natureza humana e divina, é exaltado em poder e glória aos Céus.

Eu preciso reconhecer que esta é minha compreensão desta parte ou deste pedaço, por assim dizer, da Revelação divina neste momento. Não tenho explicação melhor para por que Jesus Cristo precisa do Espírito Santo para realizar seus milagres ou sinais. Só pode ser, creio, porque a encarnação do Deus que se faz homem tem como passo ou momento anterior este “esvaziamento” de que o apóstolo Paulo nos fala por escrito.

E tudo isto é como que um preâmbulo para que eu consiga falar deste primeiro princípio de que todos nós devemos partir. Deus não só é Pai, Filho e Espírito, como esta relação ou relacionamento podem ser compreendidos pelo substantivo concreto que aponta à Suprema Substância que é Amor. Se Deus é Amor, o primeiro a quem ama é o Amado, Primogênito e Unigênito da Suprema Substância de Deus; Amado, substantivo formado por verbo no particípio nominal. E é o Amar da Suprema Substância de Deus, substantivo formado por verbo no infinitivo nominal, a quem se chama a terceira pessoa da Trindade, Deus Espírito Santo.

Assim, se podemos falar em razão como falamos em ordem, como falamos em analogia, como falamos em proporção e correção, o primeiro princípio da “razão” e de toda a linguagem e de toda a língua é esta relação e este relacionamento entre O que ama, O que é amado e O amar.

E o Filho ama ao Pai, pois o Pai ama ao Filho. E a este amar, de Um ao Outro, e do Outro ao Um, chama-se “a pessoa” e “o quem” do Espírito de Deus.